segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Not so good.

"Tudo bem?"
Não, não está tudo bem. Ja sou coberto de problemas emocionais, e não é fácil ouvir um "te curto mais como amigo", não depois de tudo. Não sei o que pensar, não sei como devo me sentir. Aquela hora em que fiquei sozinho chorando era porque eu ja sabia de tudo, sabia como tudo iria acabar. E na hora em que me abraçou, eu abracei forte porque eu sabia que iria doer depois.
Achei que eu me sentiria bem depois, e que essa 'felicidade' duraria mais, mas no fim eu acabei caindo mais fundo no poço em que eu ja estava. Ficou tudo mais escuro, o ar ficou mais pesado do que era antes. Mudei sim, mas não me sinto melhor.
Ainda penso em você. Penso na sua boca e no seu corpo, mas logo depois penso em um punhado de comprimidos descendo pela minha garganta. Tenho pensado tanto.
As vezes eu sei o que vai acontecer. Sei como as coisas vão ser, sei o que as pessoas vão se tornar e como vai ser a vida delas. Não prevejo nada, só sei. Nunca soube o que iria acontecer comigo, mas agora ja sei. Não é uma coisa boa, e não vai demorar muito pra acontecer. Quero muito que tudo isso acabe, é cada vez mais difícil. Não é que eu acorde sem querer levantar da cama, eu geralmente vou dormir desejando não acordar mais. Nunca chorei tanto na minha vida, e tudo conspira para as coisas ficarem piores. Vamos ver no que vai dar.
Fico sempre esperando um 'milagre' vir me salvar, mas ja sei que milagres não acontecem, contos de fadas só acontecem na vida dos outros. "Pretty things happen to pretty people".
Só espero que acabe logo.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Desespero.

Minha cabeça está impregnada por uma fumaça preta e densa, não me deixa pensar em nada. Penso só nas coisas ruins que a fumaça deixa. Quando penso que vai dar tudo certo, a fumaça escurece meus olhos, fico cego. As vezes a fumaça tira água dos meus olhos, caem gotas escorrendo por meu rosto vermelho.
Meus ombros estão pesados, cobertos com um manto negro. Tão pesado que me puxa pra baixo, não me deixa levantar. Pesado a ponto de comprimir meu peito e apertar meu coração. Dói no começo, mas é o tipo de coisa pela qual nos acostumamos.
Devagar, aos poucos, chega o desespero. Quero gritar, chorar. Voz alguma sai de minha garganta.
Desespero.


























http://www.youtube.com/watch?v=jOqiolytFw4

domingo, 22 de abril de 2012

FALAR.

Tanta coisa que quero falar, e nenhuma coragem.
O pior é que quando a gente guarda esse tipo de coisa, acaba ficando pior depois. Minha filosofia agora é "faça agora antes que desista", foi o que fiz quinta feira passada, quando fui pra São Paulo. Tenho feito mais isso, mas preciso ter mais coragem pra falar as coisas. Quero chegar logo e FALAR! FALAR FALAR FALAR JESUSCRISTO POR QUE ISSO É TÃO DIFÍCIL?!
Acho que é medo do que vem depois, das consequências. Minha cabeça ta terrível, não sei o que faço. Preciso dar um jeito na minha vida.



segunda-feira, 2 de abril de 2012

Quirologia

Achei um site de quirologia online:
http://horoscopo.uol.com.br/quiromancia.jhtm

Sei que dizem que a gente sempre se encaixa de alguma forma nas repostas que são dadas nesse tipo de previsão, mas eu achei muito a minha cara...

"Você é bastante conservador(a) e tradicionalista, vive de acordo com os padrões da sociedade. Preocupa-se com a ordem, a segurança e a estabilidade. Aceita muito bem a disciplina. Normalmente é cético(a) e desconfiado(a), só aceita o que é comprovado por meio da ciência, da lógica e do raciocínio. Não é sonhador(a). Busca êxito em tudo o que faz e constrói. A organização, o planejamento e a administração são bastante fortes em você.
Perceba que, a cada ano, você tem se soltado mais, se tornando mais jovial, espontâneo(a) e liberal. Tem procurado aventuras e novidades. Suas amizades são sempre mais velhas que você, ou pelo menos, mais amadurecidas. Não se assuste se, na velhice, procurar se aproximar dos mais jovens, aí sim, você estará vivendo a adolescência que acabou curtindo de forma tão séria.
Você tem boa memória, excelente concentração, muito ligado(a) às coisas físicas, concretas, palpáveis e visuais.
Muita dúvida na hora em que você tem que tomar uma decisão amorosa ou relacionada a sentimentos, isso o(a) torna instável: em um dia você está receptivo(a), meigo(a), afetuosos(a) e em outro está disperso(a), distante, reservado(a). Precisa trabalhar esse lado para se definir e se consolidar emocionalmente.
Você ainda não se definiu em sua vida, está sem meta.
Sua relação na união que sua mão apresenta mostra um relacionamento muito mais de amizade que de paixão. Mais diálogo, companheirismo, pouca energia para sexo.
Você apresenta muita força mental, magnetismo natural, uma incrível capacidade de atrair o que deseja pelo simples ato de mentalizar, pensar forte!"

terça-feira, 27 de março de 2012

Livre.



Deitado, ele tem uma expressão séria mas com um toque melancólico. Parece estar pensando muito em algo. Fazendo uma decisão entre duas coisas ruins. Olhos avermelhados e cílios molhados. Senta-se na cama, olhos baixos, continua pensativo.
Pouco depois, levanta-se como que decidido, agarra o agasalho preto com capuz, e vai até a porta.Olha as coisas da casa, os porta-retratos, as almofadas, as cortinas, expressando um "até logo" com os olhos. Sai e fecha a porta. Ergue os olhos, observa as nuvens acinzentadas e começa a descer a rua, que era uma ladeira muito íngreme. O dia estava frio e nublado, choveu a pouco tempo. Repara nas casas e começa a imaginar o que as pessoas estariam fazendo agora, neste exato momento.
Quando chega ao fim da rua, para num ponto de ônibus, senta-se, e espera.
Seus olhos parecem vazios, não tendo sentimento algum por detrás do brilho incandescente em sua pupila. Ele é uma alma vagando sem sentido, sozinho. É um amaldiçoado, e sabe disso. Uma maldição o acompanha desde que se lembra, e apenas isto irá livrá-lo. Tem que acabar.
Um ônibus se aproxima, então ele se levanta e faz um sinal.. Sobe os três degraus da porta, e se dirige para o cobrador. Dá o dinheiro da passagem, mas não repara no rosto da pessoa que o recebe. Senta-se próximo à porta de saída.
As pessoas lá dentro não tem expressão facial, com movimentos robotizados.
-Em que estão pensando?
Olha pela janela. As ruas vazias. As árvores dançando ao vento. A igreja antiga chorando, escorrendo em lágrimas. Tudo passa em câmera lenta, as imagens se exibindo do lado de fora do vidro da janela.
Ele se levanta, vai em direção à porta. O ônibus vai parando devagar, e abre a porta. O garoto desce calmamente. Permanece alguns instantes ali parado, e em seguida começa a caminhar.
O tempo parece não existir para ele, que caminha sereno e angustiado pela ruazinha. Interrompe a caminhada por dois segundos para observar as casas de fachadas coloridas, que pedem para ser admiradas.
Retoma a caminhada, passa na frente de uma casa com pessoas para fora. Elas falam dele, olham com caras de deboche.
-Idiotas...- murmura.
Não se incomoda. Nunca mais os verá de novo, mesmo.
Andando, sobe uma ruazinha. Repara num casal de namorados sorrindo, felizes. Eles nem o notam quando ele lança um olhar feliz em meio a feições tristes.
Chega em uma pontezinha um pouco antiga, bonita. Olha para o sol entre as nuvens-cinza claro
Então ele sobe no parapeito, e com um salto gentil, se lança ao vento. Sente a liberdade da queda, e finalmente
sente-se feliz.



Inspirado nessa música: